A DOENÇA DAS ORGANIZAÇÕES E DOS EXECUTIVOS

30 de julho de 2009 às 00:06

Por Julia Salce - ADS Assessoria de Comunicações

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Muitos profissionais têm se queixado que estão tristes, inseguros, estressados e infelizes com o progresso da carreira, com o trabalho que empreendem e, especialmente, com o ambiente interno das organizações que trabalham.

Segundo o presidente da Gutemberg Consultores, Gutemberg B. de Macedo, as organizações estão gravemente feridas e enfermas e precisam passar, urgentemente, por uma mudança cultural radical.

Gutemberg explica que para interromper essa situação de insatisfação, inúmeras empresas têm utilizado diversas ferramentas, como coaching, mentoring, terapia, palestras motivacionais e outros, mas alerta que esse quadro não será solucionado apenas com a contratação de consultores "circenses" para divertir os funcionários por alguns instantes. "Essas técnicas até podem manter os colaboradores eufóricos por algum período, porém, logo os males reaparecerão em maior intensidade e gravidade. Aí, novos shows terão de ser promovidos e novos investimentos serão desperdiçados", explica.

Para o consultor, as empresas precisam passar por uma mudança cultural radical e seus líderes por uma metamorfose interna e profunda. "Sem essas transformações radicais, nada mudará, exceto o discurso retórico e vazio que, uma vez pronunciado, é para sempre esquecido", ressalta Gutemberg, que esclarece que as conseqüências são cinismo, descrença, desmotivação, produtividade, menos eficácia, ausência de engajamento, menos energia e mais conflitos internos e puxões de tapetes.

"Essa realidade é reflexo direto de vários fatores, como competição exacerbada e por vezes suja, mudança de paradigma no contrato de trabalho, pressão por resultados instantâneos e a qualquer preço, desconfiança generalizada dos colaboradores; extenuante carga de trabalho que torna os indivíduos workaholics incorrigíveis, e as reorganizações constantes que deixam os profissionais sem rumo", exemplifica o consultor.

Para finalizar, Gutemberg afirma que os males e feridas dos profissionais precisam ser tratados com urgência, transparência, honestidade, objetividade, respeito aos sentimentos e às necessidades das pessoas. "Caso contrário, eles se aprofundarão, sangrarão ainda mais e suas consequências também".