Trabalho na Sociedade e Formação Profissional

Sandro Soares Diniz
Psicólogo – Especialista em Psicologia Organizacional e do Trabalho; Terapeuta Comunitário; Clínico em Gestalt Terapia; Licenciado em Psicologia.
Instrutor Contratado do CFP-R – Senac-Pe - nas áreas de Gestão e Comércio.

Resumo: O trabalho em sua nova roupagem deixa o perfil de funcionar no universo privado ao qual estava diretamente ligado no mundo antigo, passando a ser realizado no centro do universo público. Nesse novo perfil do trabalho busca-se a remuneração, o reconhecimento, o exercício de papéis, o contato social e o acumulo de capital. Essa forma de trabalho ficou conhecida no mundo do trabalho como emprego.
A trajetória pela qual o trabalho trilhou e vem trilhando para chegar até onde estamos hoje, vem sendo marcada por uma relação de prazer e sofrimento.
A Psicodinâmica do Trabalho vem nortear toda essa trajetória ao definir seu significado, conhecimento, controle e relacionamento interpessoal no trabalho.
A apresentação histórica de uma das instituições de formação profissional relatada neste artigo vem fortalecer a compreensão da importância e do papel exercido dos órgãos de formação profissional no Brasil.

Palavras-chave: trabalho; psicodinâmica do trabalho; formação profissional.


Abstrat: The work in its new-style profile and let universe work in private which was directly connected in the ancient world, to be held in the center of the universe public. In this new profile the work seeks to pay, recognition, the roles of exercise, social contact and the accumulation of capital. This type of work became known in the world of work and employment. The path by which the working paths and trails is to reach where we are today, has been marked by a relationship of pleasure and pain. The Psychodynamics of work has guided all the way to define its meaning, knowledge, control, and interpersonal relationships ao work. The historic presentation of a vocational training institutions reported in this article is to strengthen the understending of the importance and the role of exercise training agencies in Brazil.
Keywords: Work; Psychodynamics of work; vocational training.

TRABALHO NA SOCIEDADE E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Significado do Trabalho

O trabalho desde sua origem apresenta significado diverso remetendo-os ao sentido de punição, castigo e sofrimento. Na Bíblia é expresso como castigo pelo pecado original, culpa de Adão e Eva, sendo o homem condenado a trabalhar e ganhar o pão com o suor do seu rosto, enquanto que a mulher condenada ao trabalho de parto.
Albornoz (2002) descreve trabalho originado do latim, conhecido como instrumento de três paus aguçados que serviam para agricultores bater o trigo, o milho e o linho. Tripalium vem do verbo tripaliare, que significa torturar.
Os gregos faziam uma distinção entre o labor, o trabalho e a ação. O labor é realizado pela sobrevivência física do corpo, pois tudo produzido pelo labor é direcionado ao consumo imediato. Na hierarquia de valores do ideal grego encontra-se o labor reunindo as características de ser menosprezado, ser de ordem doméstica ou privada e não glorificado.
O grupo denominado de trabalho, distinção feita é correspondente a uma atividade artificial da existência humana. O trabalho assume a responsabilidade de produzir um mundo artificial diferente de qualquer ambiente natural. Na relação do trabalho e seu entorno está a vida de cada ser humano repleto de várias significações, representações e subjetividade.
O uso das mãos característica atribuída ao homo faber que com elas fabrica os diversos utensílios e objetos que circulam nossos ambientes de convivência privada e pública.
O trabalho está para permanência e liberdade, enquanto o labor para necessidade e futilidade.
A ação, terceira distinção feita pelos gregos diz que é a única atividade que é exercida entre os homens sem a mediação das coisas, objetos ou da matéria.
Existem quatro características básicas que distinguem a ação do labor e do trabalho. Conhecidas como a pluralidade, a não mediação material, por ser exercida na esfera pública e a liberdade.
Os povos antigos no revelam o aparecimento do trabalho como forma de sobrevivência, através da caça, da pesca, do cultivo de algumas espécies. Os nômades viviam em busca de diferentes terras onde de tempos em tempos apropriavam-se dos espaços. Esses povos aprenderam a produzir e guardar o excedente, surgindo entre eles a necessidade de troca. O escambo surge como forma de conquistar o objeto ou alimento de forma mais amena, sem despender uma atividade extra.
Evoluímos do processo de troca de mercadorias para o papel, a promissória até chegar a moeda.
No período da manufatura o indivíduo participava das etapas do processo de produção, pois detinha a matéria-prima, os instrumentos e a técnica de elaboração e construção dos produtos. Essas atividades de produção eram em grande parte realizada pelo grupo familiar.
A invenção das máquinas marcando a chegada do período de industrialização vem trazendo uma ruptura na era da manufatura – o homem não mais detinha a matéria e participava de todo processo. A partir de então se estabelece horários de trabalho e tempo no fazer de cada trabalhador, momento que é instituído a divisão social do trabalho.
O século XVII e início do século XVIII o trabalho passa a ser denominado como fato social. O trabalho em nossa sociedade foi elevado como elemento que funciona na organização econômica, social e política. Buscamos através do trabalho a sobrevivência pela manutenção de algumas necessidades, buscamos também o domínio de técnicas e de pessoas. É através da organização do trabalho e em sua estrutura social que fazemos a manutenção de nosso status quo.
Ferreira (1989) define trabalho como:
1.aplicação das forças e faculdades humanas para alcançar um determinado fim. 2. Atividade coordenada, de caráter físico e/ou intelectual, necessária á realização de qualquer tarefa, serviço ou empreendimento. 3. Trabalho remunerado ou assalariado; serviço, emprego. 4. local onde se exerce uma atividade.5. Qualquer obra realizada. 6. Lida, labuta.
Podemos dizer que trabalho é toda atividade humana, como correr em uma maratona, fazer um desenho, tocar um instrumento, cantar, dançar e fazer uma aula.
O trabalho confere ao indivíduo condições de experimentar as propriedades, as necessidades de sobrevivência individual e familiar e de construção da sociedade, pela capacidade e prazer de produzir. Acima de tudo o trabalho faz parte do ser humano trazendo-lhe dignidade, respeito, levando ao exercício da cidadania.
A Declaração dos Direitos Humanos – ONU – Art. 23 –Parágrafo I diz que toda pessoa tem direito ao trabalho, á livre escolha de seu trabalho, ás condições eqüitativas e satisfatórias de trabalho e a proteção contra o desemprego.
O significado do trabalho e o conhecimento deste passa a ser importante para sobrevivência nos ambientes de produção.
O não-reconhecimento do significado do próprio trabalho induz ao desestímulo e o trabalho passa a ser visto como algo desinteressante (CODO,1998).

Conhecimento do Trabalho

Na indústria a especialização chega a um ponto absurdo, em que ninguém percebe mais o alcance do seu trabalho porque não vê o conjunto da atividade em que o seu esforço se insere (Albornoz,2002).
O indivíduo não detém mais os meios de produção por isso o trabalho é alienado ao trabalhador.
O artesão domina a ferramenta e a técnica além de acompanhar todo processo de produção de suas peças. Esse processo tem se deparado com os setores de produção em série, fragmentando não somente a construção de objetos, mas causando uma fragmentação da noção e compreensão do fazer no momento do trabalho.
A mecanização trouxe o avanço nos processos de produção, reduzindo tempo e aumentando consideravelmente os lucros. Fato que foi acompanhado pela regulação de todos os movimentos do trabalhador, onde este era visto como preguiçoso passivo de determinar seus atos nas atividades do trabalho. Este pensamento taylorista retira do indivíduo a capacidade de realização das tarefas cumprindo o tempo natural de cada trabalhador.
Começa-se perdendo os referenciais de regulação dos instrumentos de trabalho para atender as necessidades individuais, e passa-se para atender as necessidades das máquinas. O trabalhador tende a cumprir o tempo determinado pelas máquinas. Quantos parafusos no mínimo devo produzir por dia para não atrasar a produção? Quantas golas de camisas devo costurar por dia para puder dar conta a quantidade de pedidos dos revendedores?
A pressão nas linhas de produção aumenta e perdemos o referencial, o sentido de realização das atividades profissionais. A falta de execução de atributos naturais do trabalhador gera uma subversão de sua identidade. Quando perdemos o referencial ou sentido das coisas pela falta do conhecimento real, estamos na realidade perdendo parte de nós mesmos.
O valor atribuído ao conhecimento das atividades do trabalho e dos objetivos a realizar – favorecem um melhor aproveitamento das funções exercidas por vários profissionais. Quando despertamos tais conhecimentos em espaços mais abrangentes, fomenta em cada indivíduo o aparecimento de novos significados sobre a sua importância, bem como para empresa e em âmbito social.
O modelo taylorista-fordista de produção retira do trabalhador a possibilidade de acesso ao conhecimento. O trabalhador começa a funcionar como parte integrante da máquina, tolhem-no da capacidade criativa, da emoção e incentiva-se o cumprimento de metas.
O homem pode reconhecer-se nos produtos que cria. Transformando a natureza, o escravo reconhece sua própria natureza. Esse reconhecimento de si em seus produtos é consciência de si como ser humano (Albornoz,2002).
A identificação com o trabalho trás para o homem a satisfação e o encontro com partes de si mesmo, seja a parte produtiva, afetiva, dinâmica, social ou política. É nessa relação de contato que confirmamos ou negamos a nossa identidade, o nosso jeito de ser.
A transformação do trabalho, dos processos de produção proporcionou uma mudança no comportamento do homem em sua relação com o trabalho. As atividades produtivas estão em torno do indivíduo em todas as ações, mas existe hoje uma necessidade de atividades produtivas remuneradas que garantam não somente a sobrevivência do indivíduo, como também a confirmação de seus papéis nas relações sociais.
É nessa busca de confirmação dos papéis que o indivíduo precisa conhecer sobre a empresa, sobre sua função e o domínio desta nos ambientes de produção.
A visão sobre o trabalho nem sempre foi essa que temos hoje. Para os gregos era visto como algo desprezível, relacionado ao sofrimento, ao castigo. O homem que exercia atividades do trabalho era relegado e tinha comprometido sua imagem perante a sociedade grega.
A liberdade é essencialmente humana, não, porém, como uma propriedade de essência do homem, mas sim porque torna essa essência possível pela escolha, pois a liberdade define o homem: é o próprio homem: é a essência do homem (Giordani,1997).
A falta de conhecimento no trabalho imobiliza nossa liberdade de escolha. Precisamos de autonomia para realizar as tarefas no mundo do trabalho. A negação da autonomia e liberdade afeta nossa essência. Quando afetados ficamos fadados a rotina ao descontentamento.
O destaque desses aspectos é imprescindíveis para mostrar as mudanças de valores trazidas por uma sociedade industrial, como também a incapacidade de libertação no trabalho. A dificuldade dessa libertação dar-se ao fato de estar-mos presos em nossas atividades e atrelado as ordens dos líderes.
O trabalho em sua nova roupagem deixa o perfil de funcionar no universo privado ao qual estava diretamente ligado no mundo antigo, passando a ser realizado no centro do universo público. Nesse novo perfil do trabalho busca-se a remuneração, o reconhecimento, o exercício de papéis, o contato social e o acumulo de capital. Essa forma de trabalho ficou conhecida no mundo do trabalho como emprego.
O emprego passa, hoje, a ser um artigo em extinção, sabe-se que o trabalho continuará existindo e a esse contexto já destacamos a chamada empregabilidade. O indivíduo permanece conquistando oportunidade de trabalho como características e condições diferentes a do conhecido emprego.
As dimensões do conhecimento do trabalho permeiam um universo ilimitado de significações, cada vez mais que trabalhadores e trabalhadoras aproximarem-se destes significados esses indivíduos poderão dar um melhor sentido nas atividades do trabalho.

Controle sobre o trabalho

O controle exercido sobre a capacidade de realização das atividades do trabalho, traz um sentimento de apropriação e pertencimento. Esse sentimento trás consigo a condição de poder.
O homem é um ser que antecipa, que faz projetos, que se representa mentalmente os produtos de que precisa. Antes da própria atividade, pela imaginação, o homem já contém em si o produto acabado (Albornoz,2002).
A imaginação, a criatividade e o entusiasmo fazem parte de nossa essência, quando estamos na relação de trabalho necessitamos aplicar esses elementos para ter-mos parte de nós empenhada na tarefa que realizamos.
O fato de ser delegado poder em nossa atuação no trabalho confere respeito e um certo conforto nas atividades de interação com o ambiente e as pessoas que nele circulam.
A valorização pela execução ou por resultados obtidos também funciona como instrumento de validação na realização das atividades, onde entendemos exercer sobre elas um certo controle.

Em nossa realidade de um país de terceiro mundo, aonde desigualdades são bem mais aparentes, a expectativa é de que esta reflexão, possa vir a ter uma contribuição significativa com relação ao entendimento da realidade do trabalhador e do seu trabalho.

O fato de ser delegado poder em nossa atuação no trabalho confere respeito e um certo conforto nas atividades de interação com o ambiente e as pessoas que nele circulam.

Na história de construção do trabalho, a partir da teoria de Taylor, o homem foi condicionado e aprendeu a ser controlado pelos modelos de produção adotada por cada empresa. O trabalhador não estava ali para pensar, mas sim, para executar tarefas em uma jornada de trabalho exaustiva.

O indivíduo que consegue manter o controle sobre o trabalho, na realidade está indo além da necessidade de tal controle, está sim se auto-preservando.

Segundo Wahl citado por (Giordani,1997. pág.104) diz que o homem está condenado a ser livre, é escravo da liberdade.

A liberdade de escolha, ações, pensamentos, podem ser comprometida quando não sabemos o que fazer com nossa liberdade.
As interrogações são expressas no ambiente de trabalho, tentando entender até onde existe a autonomia do homem.

O trabalho do professor está atrelado as condições pedagógicas e metodológicas da instituição. Porém em sala de aula ele exercita parte de sua liberdade, assumindo o papel de líder, passa a ter autonomia nas ações com os alunos, na construção do conhecimento.


Relacionamento Interpessoal


O indivíduo passa em média 2/3 de sua vida em ambientes de trabalho, o emprego estrutural e as duplas jornadas nos levam a essa condição.

É nesse ambiente que também estruturamos laços afetivos, que vivenciamos conflitos nas relações de contato com outros indivíduos.

Atribuímos valores aos relacionamentos aos quais nomeamos como sendo satisfatórios ou insatisfatórios.

Existe a necessidade de sermos aceitos pela equipe a qual trabalhamos. Isso dá-nos a condição de experimentar o sentimento de ser admirado, lembrado e reconhecido por seus pares.

A qualidade dos relacionamentos no trabalho favorece a redução ou aumento do nível de estresse.

Os valores da própria organização contribuem com a qualidade dos relacionamentos.

As longas jornadas propiciam dificuldades quanto as relações interpessoais, pois os sujeitos envolvidos encontram-se em todo tempo em situações de pressão exercida pela própria organização do trabalho.

Os encontros extras atividades produtivas possibilitam a redução do estresse, assim como a manutenção das relações de contato fragilizadas pela convivência desgastada.

Cada trabalhador e trabalhadora precisam encontrar os redutores das pressões exercidas pelos ambientes de trabalho, visto que cada indivíduo libera tensões de formas diferenciadas.

O encontro desse equilíbrio caracteriza a condição de enfrentamento das situações de prazer e sofrimento que homens e mulheres trabalhadoras deparam-se em diversos momentos nas organizações.

As pessoas funcionam uns para as outras como fontes de fortalecimento quando compartilham os sentimentos para com as condições de trabalho que são submetidas.

É importante também entender que a gestão de pessoas compactua com o prazer e sofrimento de cada indivíduo conforme a maneira que age diante das situações apresentadas por cada pessoa.

Uma lenda da mitologia grega conta que existia um homem chamado Sísilo que foi posto a realizar uma tarefa de levar uma pedra até o alto de uma montanha. Chegando lá deixava a pedra rolar e repetia a tarefa inúmeras vezes.

Demonstrando com esse ato uma tarefa sem sentido e interminável.

O instrutor de formação profissional busca dar um sentido ao trabalho para aproximar-se mais do prazer e poder lhe dar com o sofrimento de forma amena.

A relação consigo mesmo enquanto profissional, a relação com os colegas de trabalho, as chefias e os alunos, fazem um conjunto de representações e papéis constitutivos do prazer e/ou sofrimento deste profissional.

Segundo Dejours (1994) Quando o rearranjo da organização do trabalho não é mais possível, quando a relação do trabalhador com a organização do trabalho é bloqueada, o sofrimento começa: a energia pulsional que não acha descarga no exercício do trabalho se acumula no aparelho psíquico, ocasionando um sentimento de desprazer e tensão


Origem da Formação Profissional no Brasil
No Brasil o ensino profissionalizante aparece no século XIX, sendo inicialmente realizado em instituições militares, onde tinha a preocupação de formar aprendizes e era destinado a indivíduos órfãos e que estavam a margem da sociedade.

A República trouxe mudanças no entendimento da formação profissional. Na década de 30, início do século XX com a origem do Ministério da Educação e Saúde Pública, a formação profissional tem uma alavancada, principalmente pelo processo de industrialização e a saída de indivíduos das zonas rurais para o perímetro urbano.

Em 1939, o conceito de formação profissional amplia-se, com a XXV Sessão da Conferência Internacional do Trabalho, onde fica posto que todos os modos de formação que permitam adquirir ou desenvolver conhecimentos técnicos e profissionais, quer se proporcione esta formação na escola ou no local de trabalho.

A Confederação Nacional da Indústria, criada em 1938, funda o Serviço de Aprendizagem Industrial em 1942. A Confederação Nacional do Comércio surge três anos depois, em 1945, período marcado por enorme crise conseqüências da Segunda Guerra Mundial.

Vê-se uma necessidade emergente da criação de instituição que fosse responsável pela preparação de profissionais para atuarem no setor terciário.

Foi consolidada no I Congresso Brasileiro de Economia, com a redação da chamada “Carta Econômica de Teresópolis.” A organização da Carta proporcionou a formação de uma comissão interministerial, que em janeiro/1946 encaminharam ao Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, projetos para criar o Serviço de Aprendizagem Comercial – SENAC, e a aprendizagem dos comerciários.

Em 10 de janeiro de 1946, Roberto Carneiro de Mendonça, Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, profere leitura do decreto-lei n° 8.622 que versava sobre a aprendizagem dos comerciários e do decreto-lei n° 8.621 que autorizava a Confederação Nacional do Comércio criar e coordenar em todo país escolas de aprendizagem comercial.

Surge assim o SENAC e atrelado ao início da instituição a história do instrutor de formação profissional. As atividades do Serviço Nacional de Aprendizagem, em Pernambuco, iniciam-se em 14 de outubro de 1946.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho, seu significado e suas representações mudaram ao longo dos tempos, ao trazer transformações no cenário de produção, trouxe também alterações comportamentais para os trabalhadores envolvidos neste processo.

A realização desse trabalho teórico é fruto da vivência do autor e de sua excuta e percepção quanto aos aspectos relevantes do trabalho.

Observa-se que é preciso existir um significado, conhecimento, reconhecimento e controle sobre as atividades que permeiam a realização das tarefas nos ambientes profissionais. A manutenção desses processos faz com que o indivíduo saiba melhor elaborar as situações de sofrimento, assim como buscar pela satisfação daquilo que traz prazer na atividade profissional.

É possível observar neste trabalho como é expresso por Dejours (1994, pág. 137) que “o sofrimento é inevitável e ubíquo. Ele tem raízes na história singular de todo sujeito, sem exceção. Ele repercute no teatro do trabalho ao entrar numa relação, cuja complexidade já vimos, com a organização do trabalho.”

As direções são diversas para explicar o sentido e o significado do prazer e do sofrimento no trabalho na formação profissional. Sente-se que a fala está no sentido do “não dito”, encontra-se nas representações corporais do suportar, saber conviver ou adoecer no contato com os elementos de sofrimento.

As transformações no mundo do trabalho devem está sempre presente em nossas vidas, assim como a necessidade de equilíbrio do indivíduo/trabalhador diante dessas transformações também sempre devem está sendo refutadas para uma melhor adaptação do homem ao meio de produção.

A formação profissional, hoje, diante do cenário mundial com um prenuncio de crise. Passa a ser a ferramenta que fortalecerá os indivíduos e a sociedade para o enfrentamento dos desafios e o crescimento de nosso país.





REFERÊNCIAS


ALBORNOZ, s. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2002.

CODO, W., SAMPAIO, J. J. & HITOMI, A. H. Indivíduo, Trabalho e Sofrimento: uma abordagem interdisciplinar. Petrópolis: Vozes, 1998.

DEJOURS, C., JAYET, Christian. Psicodinâmica do Trabalho: Contribuições da Escola Dejuriana à Análise da Relação Prazer, Sofrimento e Trabalho. São paulo: Atlas, 1994.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Minidicionário Aurélio, 2ª ed. Revista e Ampliada, Editora Nova Fronteira: Rio de Janeiro, 1989.

GIORDANI, Mário Curtis. Iniciação ao Existencialismo, Editora Vozes, Rio de janeiro: petrópolis, 1997 (Apud): Wahl, Jean, Les Philosophies de l’Existence, Libraire Armand Colin: Paris,1954.

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