ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL
- Salatiel Soares Diniz*
Parece que o povo brasileiro tem acordado de
um grande marasmo social e assumido a sua verdadeira identidade sócio-política.
Temos presenciado nos últimos meses inúmeras manifestações políticas – apartidárias
– alertando-nos e convocando-nos a assumir uma postura ética, com
responsabilidade social, nos diversos setores públicos.
Não há dúvida que esta tomada de decisão pelo povo
brasileiro é extremamente salutar, uma vez que nos mobiliza ao verdadeiro
exercício da cidadania. Ora, o povo está cansado da falta de compromisso e
compostura ética dos nossos representantes legais. Está mais do que na hora de
fazermos diferença no cenário político e mostrarmos ao mundo globalizado que
não somos mais um “país do futuro”. Somos um país do presente e presente nas
principais questões sócio-político-econômicas. Estamos amadurecendo e assumindo
uma postura adulta. Logo, nada mais justo que o exercício da ética para
moralizarmos os setores públicos e privados desta nação que se prepara para
receber milhões de pessoas em 2014 e consagrar-se, não apenas como o país do
futebol, mas como um país que sabe acolher com receptividade, compromisso,
respeito e excelência no atendimento.
Não veja a ética como uma ilusão ou alguma coisa que
só existe no campo acadêmico. Ética é o exercício do respeito pelo outro; como
nos lembra a Sagrada Escritura: Faze aos
outros aquilo que queres que te façam. Trata-se, pois, de uma tomada de
decisão, uma questão de atitude.
Não posso exigir que o meu país seja ético quando eu
mesmo, por comodismo, não tenho a coragem de esperar um pouco e acabo jogando
lixo nas ruas. Não posso exigir seriedade dos meus governantes quando eu mesmo,
porque todo mundo faz, deixar de entregar aquele dinheiro que encontrei no chão
da padaria e que não é meu. Lembro, neste momento, daquele jovem que encontro
trezentos reais (R$ 300,00) no chão do Terminal Integrado Pelópidas Silveira –
em Paulista - e, num verdadeiro exemplo
de cidadania, procurou devolver o dinheiro a quem de direito. Como falar de
seriedade e ética quando eu insisto em continuar liberando aqueles dez reais
para ser liberado pelo agente de trânsito porque eu não quero pagar um pouco
mais para comprar o extintor – peça obrigatória – e colocar em meu carro. Isto
só para não falar de tantas outras irregularidades que insistimos em manter e
justificar-se com aquela celebre frase: ah,
no Brasil é assim mesmo. Até quando?
Somos responsáveis, co-autores da administração do
nosso querido Brasil. Logo, assumir uma postura ética, com responsabilidade
social, é assumir a coragem de – a partir de cada um de nós – saber ser honesto
e agir com seriedade. Ou seja, parar de jogar lixo nas ruas para não entupir as
galerias e evitar – ou prevenir – os eternos alagamentos nos grandes centros
metropolitanos. Parar de estacionar em fila dupla, evitando assim
aborrecimentos desnecessários no trânsito. Tampouco estacionar no meio das
calçadas, impedindo o livre trânsito dos pedestres.
Caríssimos, somos nós mesmos os primeiros
responsáveis pela seriedade de nossas ações. Tenhamos a coragem de fazer a
diferença, seja no meio social, político e/ou organizacional. Como nos diz Ivan
Lins: depende de nós...
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Consultor de Empresas, Psicólogo Clínico, com especialização em Arteterapia e
Gestão de Pessoas; professor nos cursos Técnicos em Recursos Humanos e
Administração na Faculdade Joaquim Nabuco – Recife. Administrador da CLIPSI DOM
BOSCO.
Nosso novo endereço: Rua Nunes
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