Conta Bancária Emocional
Olá pessoal, que
a paz de Cristo esteja com todos!
Estamos aqui mais uma vez para falarmos sobre
um tema que muito me interessa, nestes últimos anos, e que acredito que é a
mola motriz para o bem-estar de muitas pessoas e, por conseguinte, a razão do
sucesso de muitas outras.
Diariamente, nos
telejornais, podemos acompanhar os boletins econômicos. A dança financeira
sobre a economia dos mais diferentes governos. Quais as bolsas – e cotas de
participação – estão em alta ou em baixa. Quais os melhores investimentos, os
mais rentáveis ou os de riscos a curto, médio e longo prazo.
E se você quiser
se especializar no assunto e ter mais propriedade sobre este tema se tem à disposição:
inúmeras revistas (Época, Valor Econômico, Exame, etc) e jornais (Folha de São
Paulo, O Estadão, The New Iork Times, etc), entre tantos outros veículos na
mídia digital que podem muito bem serem utilizados para nos mantemos
atualizados sobre os principais valores econômicos do mercado.
Por outro lado,
não temos muito material que nos fale sobre um outro tipo de investimento
econômico e que – para sermos sinceros – é muito mais importante que aquele.
Falo, pois, do investimento na economia
emocional.
Há um termo que
utilizamos em Psicologia e que fora tomado por empréstimo da Física, definido
como a capacidade que temos em lidar com problemas, superar obstáculos ou
resistir às pressões de situações adversas, ou seja, estamos falando da RESILIÊNCIA.
Um ser
resiliente é aquele que sabe manter o equilíbrio em situações de tensão ou
pressão. Um atributo que podemos muito bem aprender e desenvolvermos em nosso
meio profissional e pessoal. Pode-se
dizer que nas organizações é imprescindível.
Investir na
bolsa de valores emocional passa a ser uma ferramenta indispensável àqueles que
lidam – diariamente – com pessoas. E como estudioso desta área, percebo que o
ponto crucial da questão está na relação
dialógica[1], ou
seja, na forma como nos percebemos e percebemos o outro a nossa volta. O homem,
na concepção de Buber, é um ser relacional e, a partir daí, assume uma atitude
de encontro entre um EU e um TU ou
entre um EU e um ISSO. Como assim? Muito simples: ou eu percebo o outro como uma
outra pessoa ou como um objeto. Ou eu valorizo o outro como um ser existente,
pensante e relacional ou o coisifico em sua insignificância.
Nas organizações
percebemos muito bem estas posturas quando analisamos as posturas dos chefes e
a dos líderes. No primeiro há uma tendência em coisificar os seres e tratá-los
como meros subalternos, enquanto que a postura do segundo assume a valorização
do ser e trata-os como colaboradores; pessoas com habilidades e talentos específicos
que estão ali para darem continuidade e aperfeiçoarem um projeto que não é
apenas de um, mas de todos.
Molière[2]
afirmara que Nós não somos responsáveis
somente pelo que fazemos, mas também por aquilo que não fazemos (in: Pare
de se sabotar e dê a volta por cima, Flip Plippen; 2010,96).
Por contas vezes
se deixou de praticar a ARTE DO ELOGIO entre os colaboradores (ou em família) e
como resultado acabamos produzindo nas pessoas sentimentos negativos?
Tenho dito e reafirmo
que somos seres carentes por natureza. Carentes de atenção. Necessitamos da
presença do outro, do carinho do outro, de palavras de estímulos e incentivo do
outro. Vivemos para o outro, produzimos para o outro. Ainda não se deram conta
disto?
Investir na conta bancária emocional é assumir (e
desenvolver) a capacidade de ser uma pessoa resiliente ou, se preferirem,
assumir uma postura empática, muito bem exemplificada nas do Mestre Jesus:
Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei (Jo
15,12).
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